Belo Horizonte é Mercado Central. De tudo tem um pouco. Conhecer o Mercado Central é conhecer a diversidade da cultura mineira. Os corredores não têm fim. Oncotô? Proncovô? Os cheiros, as cores, as vozes se misturam às prateleiras quase centenárias.
No Mercado Central você pode comprar um tanto de coisa. Flor, legume, fruta, rapadura. Pano de chão, de prato, de bandeja. Embalagem, praticidade. Pistache, panelas, velas, ervas. Fumo de rolo, cidra, pequi. Bacalhau, biscoito, vinho, sofisticação. Produtos esotéricos, peixe ornamental, carnes. Bolinha de gude, esmeril, cristal, castanhas. Gamela, baú, colher de pau, simplicidade. Bolsa, saco de linhagem, vassoura. Artesanato do nordeste, do sul, do norte, de Minas Gerais.
Verduras: couve, almeirão, samambaia, ora-pro-nóbis, quiabo. Se quiser pode levar tudo picadim pra depois afogar e comer quentim com arroz, feijão, torresmo, angu. Farmácia, salão, capela. Saúde, vaidade, fé. Amigos, café. Conhecidos, chope. Rede, tamborete, descanso. Doce, quitanda, queijo, pimenta, cachaça.
Tradição de Minas. Produtos para o café da manhã, para o almoço, para a ceia. Revistas, jornais, balaio, tacho. Animais. Ala preferida das crianças: gato, cachorro, pato, galinha, codorna, pássaro. Fruta gelada: abacaxi, melancia, coco. Bem geladinha, aliás, é a cerveja que se toma em pé ou de pé. Cerveja com fígado acebolado, jiló frito, alegria, pernil. É só arredar o copo que cabe mais um. Mercado Central é segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo, feira.
Olhares atentos e curiosos. Bocas que mastigam e bebem e falam e riem. Bebem e riem porque é sábado, é domingo, é dia de Mercado Central. Os balcões se desdobram de felicidade para atender o freguês que quer ser feliz sem caçar confusão. Deixa de ser bobo, sô, o Mercado Central está aí procê ser feliz, uai. Num arredo o pé do Mercado Central.
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