Em inglês, o 1º de abril é chamado de Fool’s Day, “dia do tolo”.
Durante certo período da história romana, também foi costume comemorar a passagem dos anos em abril, mês que marcava uma época feliz para o agricultor, pois era quando as sementes germinavam com promessas de fartura. Aprilis foi o nome escolhido para o mês por significar “o que abre” ou “o que inicia”. No hemisfério norte, abril corresponde ao início da primavera, sendo que a palavra latina vera significa “estação”, ou seja, a primavera era o período da “primeira estação”. Dessa forma, 1º de abril foi considerado, durante muitos séculos, o primeiro dia do ano, quando também ocorria a tradicional Festa dos Loucos. Como o riso era condenado pelo cristianismo oficial da Idade Média, a única forma de extravasar a alegria era através de cerimoniais cômicos – como essa Festa dos Loucos, em que estudantes e clérigos inundavam as praças, ruas e tabernas com máscaras, fantasias e danças. Os ritos e os símbolos religiosos eram degradados de forma grotesca, passando do plano espiritual para o material e terreno. Eram os dias dos bufões, das brincadeiras e de embriaguez. Dessa memorável festa, restou-nos apenas o dia universal da mentira.
LEITE, Bertília; WINTER, Othon. Fim de milênio: uma história dos calendários, profecias e catástrofes cósmicas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.p.25.
*** Bufão: substantivo masculino 1 m.q. bobo ('indivíduo grotesco') 2 Derivação: por extensão de sentido. quem faz rir por falar ou comportar-se de modo cômico, ridículo, inoportuno ou indelicado, ou aquele a quem falta seriedade nas relações humanas 3 Derivação: por extensão de sentido. aquele que se vangloria muito; fanfarrão, jactancioso
Dicionário Antônio Houaiss da Língua Portuguesa
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