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  • Foto do escritorRegina Mota

Troca de letras, Denise Lucas

Cebolinha, Troca Letras, Língua “Plesa”. Esses são os apelidos  nem tanto carinhosos que tenho desde a infância. E, até hoje, é assim. Sempre encontro um engraçadinho que diz: “Você fala tão bonitinho trocando as letras!”.


Troco, não nego, evito errar. Entretanto, elas se embaralham em minha mente e o “t” tem som de “d”, o “p” e “b” são exatamente iguais.  Para escrever faca (a que corta) ou vaca ( a que dá leite), tenho que pensar mais de uma vez.


Ok, acabaram os meus dois minutos de drama e, aliás, não é assim tão grave. Com as palavras do dia a dia não tenho tantos problemas, exceto quando estou sob pressão. Quando isso acontece, nem eu mesma me entendo.


Apesar disso, sempre tive uma boa relação com os livros. Leio muito, desde pequena. Sou filha de um catador de papel e, em minha casa, sempre tinha muitas revistas e livros velhos. Tive uma infância com muitas revistinhas em quadrinhos. Posteriormente, no início da adolescência, meus pais se mudaram para um lugarejo sem luz elétrica, água encanada ou internet.


Por anos a fios, tinha como companheiros meia dúzia de livros que lia e relia à luz de uma lamparina. Nesta ocasião, tinha parado de estudar e, com 12 e 13 anos, devorava livros como “Grande Sertão: Veredas”,  “O Nome da Rosa” e o “Mar Morto”. Voltei a estudar já adulta e queria muito correr atrás do tempo perdido. Fiz supletivo, dois cursos superiores e uma especialização. Mesmo assim, gostando da língua portuguesa e com uma formação acadêmica que tem como base a linguagem culta, o português ainda é meu “Calcanhar de Aquiles”. Morro de medo de tropeçar no português em público.


Como tenho um lado um tiquinho masoquista, escolhi uma profissão a qual a capacidade de se expressar claramente é essencial: o jornalismo. Agora, seja o que Deus quiser. Ou não!


Denise Lucas (jornalista e aluna do Curso Regina Mota – 2016)


As histórias de superação são sempre dignas de publicação. Sucesso! Parabéns!

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